A saúde mental no ambiente de trabalho: uma questão URGENTE.
- coworking304
- 14 de abr. de 2023
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A saúde mental da população atualmente é uma grande preocupação em todo o mundo, especialmente em decorrência da pandemia da COVID-19 e dos desafios econômicos, sociais e políticos que a acompanham. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é afetada por uma ampla gama de fatores, incluindo condições sociais, econômicas, políticas e ambientais, e de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, o que custa à economia global quase um trilhão de dólares.
De acordo com o Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, divulgado em junho de 2022, cerca de 15% dos adultos em idade ativa sofreram algum tipo de transtorno mental em 2019, em meio a um bilhão de pessoas que vivem com esses transtornos em todo o mundo. Esses transtornos são agravados por questões sociais mais amplas, como discriminação e desigualdade. Infelizmente, muitas pessoas enfrentam assédio no local de trabalho, como bullying e violência psicológica, que podem ter um impacto negativo na saúde mental. No entanto, discutir a saúde mental continua sendo um tabu em muitos ambientes de trabalho em todo o mundo.
As orientações também sugerem maneiras mais efetivas de acomodar as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras que possuem condições de saúde mental, fornecendo intervenções que apoiam sua volta ao trabalho e facilitam a entrada no emprego remunerado para pessoas com condições graves de saúde mental. É essencial destacar que as diretrizes incluem intervenções destinadas a proteger os trabalhadores de saúde, humanitários e de emergência.
"É hora de se concentrar no efeito prejudicial que o trabalho pode ter em nossa saúde mental", disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “O bem-estar do indivíduo é motivo suficiente para agir, mas a má saúde mental também pode ter um impacto debilitante no desempenho e na produtividade de uma pessoa. Essas novas diretrizes podem ajudar a evitar situações e culturas de trabalho negativas e oferecer proteção e apoio à saúde mental muito necessários aos trabalhadores.”
A psicóloga Marcela Brito aponta que em razão da pandemia ter necessidades especiais no período do isolamento, algumas pessoas tiveram gatilhos desencadeando sentimento e transtornos que não eram tão conhecidos na sociedade: “Hoje, a gente precisa lidar cada vez mais com as questões emocionais. Uma frase como: “quem tiver seu emprego, que segura”, causa uma pressão no colaborador. Além da pressão, pode gerar medo e alterar na questão emocional. Depois da pandemia, de tudo o que vivemos, mudanças, das partes emocionais que ficaram mais expostas, muitas pessoas podem ter desencadeado gatilhos”.
A falta de atenção à saúde mental no trabalho pode levar a problemas como estresse excessivo, ansiedade, depressão e até mesmo burnout. Além disso, a cultura organizacional, a liderança e as políticas de gestão podem ter um grande impacto na saúde mental dos funcionários. É importante que as empresas reconheçam a importância da saúde mental no trabalho e implementem práticas e políticas que apoiem a saúde mental e o bem-estar dos funcionários.
Diante dessa situação, é importante que as autoridades e a sociedade como um todo reconheçam a importância da saúde mental e trabalhem para garantir que as pessoas tenham acesso aos cuidados de saúde mental adequados e ao apoio necessário para prevenir e tratar problemas de saúde mental.





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